Friday, September 30, 2005

sem título


" When the summer's gone?
Morning found us calmly unaware
Noon burn gold into our hair
At night, we swim the laughin' sea
When summer's gone "

Thursday, September 29, 2005

sem título

" Everybody has a secret,
can they keep it?
Oh! no, they can not! "

Tuesday, September 27, 2005

poderia eu...

Poderia eu,
escrever nos teus olhos
todo o amor que sinto?...
decorado com abraços e beijos,
frases bonitas e noites de luar...

Poderia eu,
selar todos os gritos que
o meu coração cala?! sufoca...

Poderia eu,
chegar de novo a ti?...
com as minhas mãos,
tocando-te os pés com a ponta dos meus lábios,
sussurrando com o nariz... todas as partes

do teu corpo...

Enrolava a tua língua com a minha,
tal e qual o mar com a areia...

Preencher todo o teu peito
com milhões de beijinhos,
imitando de fininho o barulho singular das estrelas...

Poderia ser tudo assim tão perfeito?...

será assim tão fácil?.. que o dificil é acreditar...

espaço para um beijo

Esse espaço que deixaste para um beijo... está guardado...

Junto aos meus lábios sinto ainda a ponta dos teus dedos
quando me levaste à tua boca,
para que nunca mais me esquecesse de ti...

Esse sabor que tu tens,

o qual é dificil não querer, sempre...
a forma candida do teu olhar.

Esse beijo que deixou em mim um espaço...

escondido, só, calado...
onde eu te espero um dia voltar a encontrar...

Monday, September 26, 2005

se pudesse...

Se pudesse,
fazia amor só com as palavras de um beijo...

Se pudesse,
fazia amor só com o olhar envergonhado
de um apaixonado...

Se pudesse,
fazia amor só com as doces batidas do coração,
assim que te visse passar distraída...

Se pudesse,
fazia amor só com a beleza das mãos,
só com a leveza dos braços, só com a força das pernas,

como cavalos selvagens quando derrubam as ondas do vento,
numa praia qualquer do meu olhar...

Friday, September 23, 2005

do outro lado do mundo

Nascemos outrora num espaço de cores diferentes,
de formas complexas e distintas... que agora é,

um jardim plantado de memórias e orquestras masgistrais,
que se formou eterno e intemporal...

meticulosamente guardado por nós,
como se já não houvessem mais...

Thursday, September 22, 2005

olhos no olhos

Olhos nos olhos saimos um do outro...
Saí para caminhar nas árvores,
saí para voltar a mim mesmo...

Páro no meio do nada e ai fico tempos,
que se vão desfazendo...
em gotas, nos espaços das mãos, nos espaços consecutivos do só...

Junto, perto do sol, escolho este dia para ficar...
assim mais uma vez, sozinho em mim...

Leio e releio as horas, para tentar saber se alguém chegará mais perto...
chegará a tempo de me poder guardar? algures...

Alguém para me abraçar,
e que me deixe ficar, pra’ sempre...

cidade fantasma

Fazes-me chorar e não te importas,
és igual a tudo afinal...
Só foste princesa onde eu imaginei,
dei-te tudo no meu sonho...
Deixei-te entrar na minha floresta pela porta do coração,
contei-te o segredo que os meus olhos guardavam,
adormeci-te todas as noites...
Tu mataste-me com simples palavras que nem querias dizer,
foram só algumas, não muitas... assim 3 ou 4,
enquanto eu dormia, enquanto eu acreditava na doçura do teu olhar,
enquanto atravessava uma das ruas,
dessa tua afinal, cidade fantasma...
cheia de luzes, dourados e músicas para embalar...
cheia de histórias belas,
que nunca irão adormecer ninguém...

Wednesday, September 21, 2005

tudo muda

De todas as pessoas que conheci, de todas elas roubei, ou seja recebi alguma coisa…
Uma música, um som, um olhar, um toque, um espaço para viver, uns instantes, alguns momentos, meses ou talvez anos… com todas elas sonhei assim tão rapidamente…

Por isso poupa o teu fôlego, por isso partiste-me ao meio, como que em devaneio chegou o Inverno vindo directamente… de alguém… que caminhou algo que traçamos juntos, outrora a horas de distância, quilómetros de nenhur (onde não mora ninguém)…

Por isso poupa o teu fôlego, e sobrevive a ti próprio e resulta no melhor, como tu quiseres, de todas as cores, orquestras e maestros, as mãos que já te percorreram o cabelo… sai e vive por ti e esclarece os teus olhares, define o teu movimento, o batimento do teu coração…

Em todas elas eu fiquei, enquanto chovia, enquanto escurecia e fazia frio, assim sem ti… e um sorriso me abraçava, vindo de um estranho e de repente parecia nosso destino, mas eu viro as costas e vejo todas as cenas como se já tivessem sido gravadas antes, atracção, sexual, feroz e extremamente calado no seu silêncio… e um amanhã de mistério iria nascer todos os dias… tudo aquilo era novo, tudo aquilo era estranho e no entanto eu amei-te, assim sem dizer nada, tentando descobrir como poderia amar-te mais, e mais, e mais um pouco…

Agora tudo está no seu lugar, já tudo resolvido…
Por isso, eu não posso viver sem um sonho…
Por isso chega de corações partidos, pois eu terei de te dizer… que a minha vida foi encontrada… juntos dos canaviais do outro lado do mar quando o vento ainda soprava o seu último segredo…

E pouco depois beijei-te antes de te ver chegar, pouco antes de te olhar, senti a tua presença…
Por isso, não te esqueças que tu tinhas razão, quando me disseste que do outro lado do rio o sol é de todos quando chega a hora de sentir… essa aventura sobre o estar vivo, ou sobrevivendo apenas, chama-se medo… essa estranha porta por onde passei, não me lembro quando, nem da hora sequer quanto mais… como…
Mas eu passarei sempre por aqui, pela frente da tua casa, revejo o teu jardim e ficarei uns instantes parado á tua porta, e entro no hiperespaço, não sabia que existiam tantas imagens na nossa memória, gravadas tanto tempo assim… e porque precisarei sempre de um amigo… mesmo que tu não estejas, mesmo que finjas não estar ou não queiras falar… e nem precisavas de saber o que dizer, era tão fácil…

Como estarei eu vivo se só me deixaram, assim… com metade do corpo…
Procuram por mim e gritam “-Onde estás tu?!!!”.
E eu respondo: “- Aqui, á tua espera, sentado misteriosamente do lado dos bons, momentos que passamos juntos.”

De todas as pessoas que conheci, chorei, e sorri longos momentos…
Quando despertamos hoje ainda pela manhã… e despertamos ainda nesta vida, cheia de rejeições e atropelos, e nunca está lá ninguém para ver… porque agora, não há nada, nem ninguém que possa fazer alguma coisa…afinal estavas tu…

Como posso eu tocar-te da mesma maneira,
Queres saber de que sou feito, pelo erro que cometi… desculpa mas isso não é o suficiente para tu tirares de mim esse mundo que eu sonhei, desde o inicio…

Agradeço a todas as pessoas por estarem sempre tão presentes quando não está ninguém em casa… quando caminho sozinho rua abaixo…
De todas as pessoas, procuro aquela que quiser ficar só alguns momentos, do outro lado da porta, antes de entrar… e numa dança descobriremos um olhar diferente de todos os outros, essas mãos com a forma das minhas, onde cabia direitinho o meu coração…

Diz-me, ontem quando não estavas comigo sentiste saudades minhas?
Ouviste… eu chamei-te, e se procurares bem entre os espaços, encontrarás restos do passado, que seria bom esquecer… palavras por dizer, e que já não dizem nada… por que já não têm som, ou estão demasiado velhas para se perceber…

Só é preciso algum descanso para depois se ser encontrado de novo, neste desespero de não se saber como vai ser o amanhã, já outro dia… estaremos ainda por cá para continuar o sonho que um dia foi? infelizmente nem para todos um dia será…

De todas as pessoas que conheci, lembrar-me-ei sempre de ti...

viagem experimental

A primeira viagem do foguete fantástico teve sucesso completo.
Aqui na Terra do Nunca, tudo parece realmente como sempre foi
quando sonhamos pela primeira vez em ser felizes...